Selo de compromisso EcoVadis
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Categoria(s): Inovação, Trade marketing
26 jul. 2021
O ano passado nos mostrou que prever o futuro é uma tarefa difícil, como destacou Ben Kaufman, fundador da rede varejista Camp. Em 2019, a Camp abriu suas primeiras cinco lojas e agora enfrenta uma pergunta crucial: qual é o futuro das lojas de varejo, e realmente precisamos delas?
Kaufman acredita que o futuro das lojas físicas está na experiência que elas oferecem. Segundo ele, as lojas precisam ser um lugar de atividades, onde as pessoas possam se divertir com amigos e família, e não apenas realizar compras. As lojas da Camp exemplificam essa visão, combinando produtos únicos com espaços dedicados a atividades e eventos para famílias.
As lojas Camp oferecem um mix de produtos e experiências. As crianças podem escalar, explorar e participar de projetos com seus pais, enquanto os produtos à venda são exclusivos e difíceis de encontrar em outros lugares. Além de vendas, a Camp gera receita por meio de patrocínios de empresas como Kroger, Scotts e Ally Bank, que se alinham com as atividades e produtos oferecidos nas lojas.
A estratégia de eventos rotativos dá às famílias motivos para voltar tanto presencialmente quanto online. Durante o Natal, a Camp criou um jogo online que envolveu mais de 20 mil pessoas. Recentemente, a empresa lançou um programa onde as crianças podem comprar por conta própria usando moedas virtuais, proporcionando uma experiência de compra independente e divertida.
Quando questionado sobre como essa abordagem pode ser aplicada a outros tipos de varejo, como lojas de roupas femininas, Kaufman sugere que as marcas devem transformar as compras em uma experiência. Ele recomenda a criação de eventos, customizações, colaborações e residências de artistas para atrair continuamente os clientes.
No entanto, Kaufman reconhece que essa estratégia não é simples. Ela exige talento criativo, é cara e arriscada, e requer um compromisso firme da alta gestão. O sucesso depende da capacidade da marca de criar uma experiência única e atraente para os consumidores.
Embora a Camp tenha começado com apenas algumas lojas em áreas metropolitanas, a empresa está se expandindo. Atualmente, possui lojas em Nova York, Connecticut e Texas, e planeja continuar crescendo. A necessidade de novas experiências no varejo físico, especialmente após a crise que devastou o setor, abre muitas oportunidades para a Camp.
Quando a Camp abriu sua primeira loja, o The New York Times questionou se ela conseguiria vender alguma coisa. Embora a Camp não divulgue dados financeiros, os altos índices de retorno dos clientes sugerem que a resposta é positiva.
A Camp mostra que ser um grande e estabelecido varejista, como a Toys R Us, não garante sobrevivência. No varejo atual, é essencial tornar as lojas e sites interessantes para atrair consumidores. Se a Camp conseguir expandir com sucesso para várias cidades, isso representará um desafio para outros varejistas, que precisarão criar suas próprias maneiras únicas de atrair clientes, oferecendo experiências divertidas e envolventes.
A resposta a essa necessidade determinará quem prosperará no futuro do varejo e quem sucumbirá ao aumento dos espaços comerciais vazios. A Camp oferece um modelo complexo, mas eficaz, que pode ser a chave para o sucesso no varejo moderno.
Escrito por: Richard Kestenbaum
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